Terminado janeiro, principal período de veraneio na capital, os primeiros prognósticos sobre o desempenho final da temporada não são lá muito animadores. “Se repetir o resultado do ano passado, já será muito bom”, sentencia o diretor da seccional catarinense da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH/SC), João Eduardo Moritz. No início de dezembro, a entidade estava mais otimista com as perspectivas da temporada, apostando num incremento entre 5% e 8% sobre o verão anterior. Apesar do clima favorável, do ótimo desempenho registrado pela hotelaria no período pós-Natal e Reveillon, considerado o melhor dos últimos 10 anos, e mesmo do público deste ano com perfil de maior poder aquisitivo, Moritz não crê em crescimento nesta temporada. O principal motivo é o Carnaval muito cedo, que deve provocar um forte declínio de movimento geral de fevereiro. O hoteleiro Talmir Duarte, do Campeche, lembra que além de encurtar a temporada, o Carnaval muito cedo também atrapalha o retorno dos próprios turistas de final de ano, porque encurta o período de recuperação da capacidade de gastos deste público. Apesar disso, Duarte acha que a temporada está dentro das expectativas e consolidou o Campeche e o Sul da Ilha como novo destino preferencial do turismo na capital. “Essas características das praias do Sul, com faixas de areia amplas, muito natureza e tranquilidade, e a própria cultura local, estão atraindo cada vez mais público para a região, e o que é importante, aquele de maior poder aquisitivo”, assinala. A capital, conforme dados ABIH, possui atualmente cerca de 540 meios de hospedagem, entre hotéis e pousadas, que oferecem 40 mil leitos. (Foto: Geremia Photography/Divulgação/Arquivo/JC)
13 de fevereiro de 2013