Apesar da aprovação por ampla maioria dos cerca de 140 moradores presentes à audiência pública realizada no dia 19/09, no Clube Catalina, a concretização da cessão de uma área de quatro mil metros quadrados no antigo campo da aviação para a construção do novo posto de saúde do Campeche corre risco de não sair do papel. Um grupo de entidades comunitárias locais, contrária ao projeto na área, recorreu ao Ministério Público Federal para tentar obstaculizar a cessão do terreno. “Não somos contra o posto de saúde, mas existem outras áreas disponíveis no bairro, inclusive da própria Prefeitura, para sediar esse posto”, assinalou o vice-presidente da Associação de Moradores do Campeche (Amocam), Ataíde Silva. O motivo do imbróglio é que o posto suprimiria quase 4% de uma área de 114 mil metros quadrados que está sendo gestionada integralmente pela Amocam e outras 22 entidades locais para sediar o futuro Parque Cultural do Campeche (Pacuca). Silva defende que o novo posto seja edificado no local onde estaria originalmente previsto há vários anos, uma área de três mil metros quadrados atrás do Clube Catalina. A área aprovada na audiência fica no lado oposto, de frente para a Rua da Capela. O dirigente alega ainda que a audiência teria sido convocada a toque de caixa, em período restrito pela legislação eleitoral. O Ministério Público, garante ele, já teria dado guarida ao pleito da Amocam e entidades consortes. O coordenador do Conselho Local de Saúde, Robson Gentil, alega que a construção do posto é uma necessidade urgente do bairro e que a cessão deste terreno seria a única forma de agilizar a obra, que já disporia inclusive de recursos federais para sua viabilização. O obtenção de outra área para a unidade demandaria um trâmite burocrático muito elástico. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a licitação para contratação da obra do novo posto, que já teria aprovação do Ministério da Saúde, deve sair até janeiro. (Foto: PMF/Divulgação/JC)