28 de agosto de 2012

Obras de revitalização da orla da Praia da Armação não saem do papel

A prometida obra de revitalização da orla da Praia da Armação, castigada por uma violenta ressaca há pouco mais de dois anos, combatida através da deposição de toneladas de rochas que praticamente descaracterizaram a praia, virou uma novela. Depois de perder uma verba de R$ 13 milhões disponibilizados pelo governo federal para recuperação do balneário, por conta de imbróglios documentais, a Prefeitura prometeu investir R$ 700 mil para revitalizar a região, obra que deveria começar no final de maio, mas até agora não saiu do papel. A licitação para execução da obra chegou a sair, mas a contratação do serviço está suspensa por falta de recursos, informou o vice-presidente do Conselho Comunitário local, Sérgio Aspar. “Desde maio estamos esperando; já fomos várias vezes à Secretaria de Obras, mas a Prefeitura alega que não tem dinheiro”. O projeto, que envolve a urbanização de um trecho de 600 metros sobre rochas, transformando-o numa espécie de boulevard, tem prazo estimado de dois meses para execução. Com o retardamento no seu início, o dirigente teme que novamente o balneário chegue à temporada nas condições precárias em que se encontra, com escassos atrativos para os turistas. Por isso, informou Aspar, o conselho estuda até acionar juridicamente a Prefeitura, para tentar viabilizar a obra. “Vamos esperar uma sinalização da Prefeitura no máximo até meados de setembro”, avisou. Paralelamente, comentou Aspar, a comunidade local sonha com a viabilização de um projeto ainda mais amplo, que envolve o engordamento geral da praia, ao longo de toda sua extensão de 1.750 metros, além da despoluição do Rio Sangradouro, que corta as praias da Armação e Matadeiro. Esse projeto, que exige uma série de complexos licenciamentos ambientais, demandaria em torno de R$ 19 milhões, que estão sendo pleiteados junto ao Governo Federal. (Foto: Willi Heisterkamp/Divulgação/Arquivo/JC)