28 de agosto de 2012

Futuro do Campeche fica nas mãos de novo prefeito e vereadores eleitos em outubro

O atual governo municipal se despede, no final do ano, sem conseguir viabilizar a aprovação de um novo projeto de política urbana para a capital, embora as discussões do plano diretor tenham permeado seus oitos anos de administração, em dois mandatos consecutivos. Com isso, a definição sobre o futuro do Sul da Ilha e do cobiçado Campeche ficará nas mãos, outra vez, de um novo prefeito, que assume em janeiro, e que dessa vez será um estreante em cargos executivos. A maioria dos dirigentes comunitários do Sul da Ilha acha que faltou vontade política do atual governo para viabilizar um plano diretor democrático, com efetiva participação popular. O ex-delegado distrital do Pântano do Sul, Arante Monteiro, considera que desde a saída de Ildo Rosa da coordenação do plano diretor, no final de 2007, as discussões do projeto nunca mais engrenaram, embora tecnicamente sigam atualmente em andamento. A delegada distrital do Campeche, Janice Tirelli, ressalta que apesar da recente grande campanha de divulgação do projeto na mídia, nos bastidores o processo segue lento, com atendimento em ritmo de conta-gotas das requisições comunitárias para alavancar as discussões. “Muitas informações cruciais para dar suporte ao debate só saíram agora”, comenta. Apesar disso, garante ela, o núcleo do Campeche segue mobilizado. A Prefeitura nega falta de vontade política e atribui a não concretização do plano à complexidade do tema, que envolve milhares de itens técnicos. Os dirigentes são céticos, contudo, inclusive sobre as perspectivas de aprovação de um plano participativo no futuro governo. “Sou pessimista em relação à próxima legislatura, tanto no Executivo quanto no Legislativo”, sentencia Janice. Já Monteiro acredita que o plano diretor só será viabilizado se o novo governo priorizar o projeto. “Se demorar, já começa a ficar difícil, porque são muitos interesses em jogo”, ponderou. (Foto: Willi Heisterkamp/Divulgação/Arquivo/JC)