A reconhecida dificuldade do poder público em manter seus parques públicos já existentes não inibiu a Federação das Entidades Ecologistas Catarinenses (FEEC) de lançar recentemente um ambicioso projeto pleiteando a criação de outros seis parques públicos na capital. Durante a Semana do Meio Ambiente, na primeira semana de junho, a entidade ambientalista apresentou à sociedade o projeto, em evento realizado na UFSC. Dos seis novos parques propostos, três são de preservação integral dos ecossistemas e os outros possuem características de parques culturais, passíveis de receberem edificações e equipamentos para uso público. “Essa dificuldade do poder público em manter os parques já existentes não pode servir como justificativa para inibir a criação de novos parques”, ponderou o presidente da federação, Gert Schinke. “Pelo contrário, é até uma forma de contribuir para blindar essas áreas da especulação”. Os seis projetos, de acordo com ele, estariam amplamente fundamentados e plenamente viáveis de implantação, a partir de uma decisão política dos governos federal, estadual ou federal. Um dos mais ambiciosos é o denominado Parque Natural do Pântano do Sul, projeto que vem sendo gestado há mais de sete anos pelas entidades locais, que prevê a preservação integral de uma área de 400 hectares no extremo sul da Ilha. Os três parques culturais defendidos pela entidade são o chamado Pacuca (Parque Cultural do Campeche), localizado no antigo campo de pouso do bairro, o Parque das Três Pontas, abrangendo a bacia do Itacorubi e a badalada Ponta do Coral, e o chamado Entorno Escolar, na Armação. Os dois outros parques naturais, por sua vez, ficam nos Ingleses e Santinho. Schinke informa que no final de junho o projeto do parque do Pântano teria sido protocolado junto à Prefeitura da capital.
10 de julho de 2012