As obras de implantação da rede de esgoto na Avenida Campeche estão causando dor de cabeça para os moradores de uma pacata rua perpendicular. Desde o final de abril, por conta da execução dos serviços, os ônibus que circulavam pelo local estão desviando pela Servidão Cata-vento, via residencial com pouco mais de 600 metros de extensão, que liga a Avenida Campeche à Rua da Capela. Apesar de temporária, a opção pela servidão tem desagradado alguns moradores. O auxiliar administrativo Marlon Laurindo, residente no local há 13 anos, reclama que o desvio do tráfego não foi precedido dos cuidados necessários para minimizar o seu impacto na localidade. Além da insegurança gerada pelo alto movimento de veículos, ele aponta falta de estrutura do próprio solo para suportar o tráfego pesado. “Cada ônibus que passa trepida a estrutura da casa; a obra da Casan já começou há quase três semanas e somente ontem (09/05) é que colocaram placas para diminuir a velocidade”. A corretora de imóveis Regina Rodrigues da Silva, que mora na servidão há cerca de 10 anos, admite que o tráfego intenso desagrada, mas entende que o motivo é justo. “É claro que é ruim para a rua, a maioria não gosta, mas quando adquirimos aqui sabíamos que se tratava de uma rua larga, passível de uso como coletora de tráfego”, ponderou. Apesar da Casan estar anunciando, em aviso na mídia, que a interrupção de trecho da Avenida Campeche deve durar 45 dias, o intendente do Campeche, Vanderlei Farias avisa que o uso da Cata-vento para o tráfego de ônibus deve se prolongar por menos mais quatro a cinco meses. “Não temos como liberar a passagem de ônibus ao lado da rede, por questões de segurança”. Farias lembra que situação similar aconteceu, há pouco mais de um ano, com o bloqueio parcial da Jardim Eucaliptos, obrigando o tráfego de ônibus por ruas não pavimentadas. “Depois de concluída obra, tudo voltou ao normal, sem problemas”. O dirigente garante, contudo, que está tomando todas as providências necessárias para adequar à Cata-vento ao tráfego intenso. “Há pouco tempo a rua foi alargada, para melhorar o tráfego, aplicamos brita corrida e macadame para compactação do solo e fixamos placa de aviso sobre limites de velocidade”, afirmou. Farias informa ainda que vai pleitear junto à Prefeitura a fixação em caráter permanente da nova largura da rua, que avançou sobre área da Base Aérea, bem como a pavimentação da via. Sobre postes que ficaram situados no meio da servidão, por conta de seu incremento lateral, o dirigente informou que está encaminhando solicitação de providências para remoção. (Foto: Divulgação/Arquivo/JC)
23 de maio de 2012