Angelo Poletto Mendes/Redação JC

O Campeche e a capital catarinense perderam, no dia 20/12/11, uma de suas figuras mais conhecidas e emblemáticas, com a morte de Francisco Alexandrino Daniel, o famoso Seu Chico, aos 87 anos. Dono do lendário Bar do Chico, que funcionou por quase 30 anos à beira mar, na praia do Campeche, até ser demolido pela Prefeitura em julho de 2010, por determinação judicial, Seu Chico lutava há mais de um ano contra um câncer linfático, que acabou por vencê-lo após 16 dias internado no Hospital de Caridade.
Considerado o mais importante personagem histórico vivo do Campeche e região, sua morte causou comoção na comunidade local. “Ele era um ícone local, alegre, contador de histórias; perdemos uma figura insubstituível”, assinalou o vice-presidente da associação de moradores local, Ataíde Silva. Ele lembra ainda que Seu Chico, ao longo de toda sua vida, sempre desenvolveu atividades muito ligadas à comunidade. “Ele foi delegado de polícia, dono de venda, de clube de dança, de bar e pescador; muitas famílias do Campeche se formaram dentro de seu clube de dança, que funcionou entre os anos 60 e 80”, comentou.
Silva acredita que a derrubada do lendário bar foi determinante para o agravamento dos problemas de saúde de Seu Chico. “Ele ficou muito abalado, muito triste”. Autor de três documentários com participação de Seu Chico, sendo que em dois ele aparece como personagem principal, o cineasta nativo Ademir Damasco defende que Seu Chico seja homenageado emprestando seu nome para denominação da segunda principal avenida do Campeche. “Já fiz algumas sondagens informais com alguns amigos e lideranças locais e todos concordaram”. (Foto: Luís Prates/Divulgação/Arquivo/JC)