O Ribeirão da Ilha viveu, no final de novembro, momentos de Montreux, a famosa cidade suíça que abriga o mais famoso e badalado festival mundial de jazz. O histórico bairro do Sul da Ilha, berço da colonização açoriana na Ilha, foi palco, durante dois dias, da segunda edição do Floripa Instrumental, evento que trouxe à capital alguns dos principais nomes do jazz nacional e atraiu um público de pelo menos duas mil pessoas, que saiu extasiado pelo som refinado e as belezas naturais da região. Passaram pelo palco montado na tradicional pracinha do Ribeirão, em frente à bicentenária igreja de Nossa Senhora da Lapa, legendas do jazz como o baterista Robertinho Silva, o multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo, e o guitarrista Toninho Horta, um dos pais de um mais importantes movimentos da MPB nacional, o famoso Clube da Esquina, que revelou nomes como Milton Nascimento, Beto Guedes e Tavito, entre outros. Exibiram seus dotes musicais ainda o gaitista Gabriel Grossi, o acordeonista Bebê Kramer, o violonista Yamandu Costa, Guinha Ramires, Grupo Ginga do Mané, Jorge do Trompete, Cassio Moura e Grupo Metal Brasil, além da tradicional Banda da Lapa. Morador da Freguesia do Ribeirão, o vereador João Aurélio Valente, disse que saiu impressionado com o espetáculo e o público que prestigiou o evento. “Era um pessoal mais culto, estudantes universitários, professores, bem diferente do público de eventos populares”, comentou. Valente destacou ainda que o comportamento do público foi exemplar, sem registro de incidentes. “Sábado lotou, no domingo o tempo não ajudou e o público foi um pouco menor”. O vereador defende que o evento seja incluído no calendário do município, com realização todos os anos, sempre no mesmo período. “É um evento sob medida para o Ribeirão”, exaltou. Ele considera, no entanto, que o evento poderia ser pulverizado, com apresentações simultâneas em mais um ou dois palcos distribuídos pela região. “Isso facilitaria a segurança e a própria mobilidade; o Ribeirão não é só freguesia, temos lugares lindos um pouco mais à frente”. (Foto: Willi Heisterkamp/Divulgação/JC)
9 de dezembro de 2011