9 de dezembro de 2011

Lagoa Pequena deve ganhar projeto de revitalização

A exuberante Lagoa Pequena, popularmente conhecida por Lagoinha, no Campeche, deve ganhar no próximo ano um amplo projeto de desassoreamento, no rastro de uma obra de macrodrenagem planejada para escoamento de águas fluviais num conjunto de oito ruas situadas no seu entorno. O primeiro passo para viabilização do projeto aconteceu no final de novembro, com a realização de audiência reunindo representantes da comunidade, moradores das ruas atingidas, Prefeitura e Fundação Estadual do Meio-Ambiente (Fatma). O secretário municipal de Obras, Luiz Américo de Medeiros, ressaltou, contudo, que ainda não existe um prazo estabelecido para execução de trabalhos na região. O próximo passo, conforme ele, será a elaboração de um projeto, com apoio dos técnicos da Fatma. Só depois do projeto pronto, começa a etapa de viabilização econômica da obra. O dirigente antecipa que trata-se de obra complicada, que exige amplo licenciamento ambiental, porque envolve manejo de flora e fauna da lagoa, tombada como patrimônio natural desde 1988. “O problema é o grande volume de areia depositado na lagoa, para resolver só com uma ampla dragagem; a dragagem é uma operação relativamente simples, mas o licenciamento para isso é bastante complexo”, comentou. Em relação ao projeto de macrodrenagem nas ruas do entorno, Medeiros explicou que envolve a instalação de cerca de 700 metros de tubulações, grande parte passando dentro de terrenos de aproximadamente 15 casas, levando as águas da chuva para a lagoa. O presidente do Conselho Comunitário do Rio Tavares, Cedenir Silva, disse que a obra vem sendo gestionada pela comunidade há cerca de quatro anos. “São ruas que sofrem muito com os alagamentos, a cada chuva mais forte alaga”, comentou. Entre elas, Cecília Jacinta de Jesus, Sotero Farias, Isaltina Assunção Farias e Servidão Teixeira. O dirigente antecipou, no entanto, que a comunidade não abre mão de um projeto muito bem calçado, para não ameaçar a lagoa. “As tubulações deverão ser vedadas, para impedir despejos irregulares”, observou. (Foto: Willi Heisterkamp/Divulgação/JC)