Pelo ritmo de sepultamentos atual, na faixa de nove a 10 por mês, o intendente do Campeche e região, Vanderlei Farias, acredita que o cemitério do Campeche tem vagas para receber novos mortos por mais quatro a seis meses. “Temos um terreno em negociação, que está em processo de desapropriação, numa área vizinha, que dependendo do desfecho pode até duplicar o tamanho do cemitério”, comentou o dirigente. Segundo ele, a situação no local ainda não está dramática porque são sepultados muitos familiares de pessoas já enterradas no próprio cemitério, permitindo que se usem os mesmos túmulos. A legislação sobre parques fúnebres estabelece que um túmulo seja inexpugnável por até quatro anos, em função de processo de decomposição cadavérica, mas após esse período um mesmo túmulo pode abrigar novo corpo ou eventualmente ter a ossada removida. Outra alternativa para abrir vagas, salienta Farias, seria fazer um levantamento dos túmulos abandonados, aqueles que não recebem manutenção, estão sem adornos e não são visitados por familiares há muitos anos. Nesses casos, de acordo com ele, os restos mortais podem ser encaminhados para um ossário, abrindo espaço para novos túmulos. “Ainda não se chegou a esse ponto, mas quando for necessário adotar essa medida, vamos consultar o livro de registros e, a medida do possível, avisar as famílias”. Para sepultar um familiar no local, explica Farias, o caminho é através do município e funerárias. Após a posse do atestado de óbito e documentos legais, contudo, as pessoas podem até mesmo procurar o cemitério diretamente. O dirigente salienta, contudo, que a nova legislação veda a compra antecipada de espaço nos cemitérios públicos. Os terrenos, média com três metros quadrados, só podem ser requeridos após o falecimento comprovado de um familiar.
21 de outubro de 2011