Santa Catarina tem muito que comemorar, pois voltou a liderar o ranking nacional de doações. No primeiro semestre desse ano, a SC Transplantes que integra a rede da Secretaria de Estado da Saúde, alcançou a marca de 26,0 doações por milhão de pessoas (pmp). Com esse índice, o estado é o primeiro a ultrapassar a marca dos 25 doadores pmp. Atrás vem o estado de São Paulo, com 20,3 doações pmp, seguido do Rio Grande do Norte (15,9 pmp) e Ceará, com 15,4 pmp. Outra conquista importante é a certificação dos instrutores do curso de Comunicação de Notícia em Situações Criticas provida pela Organização Nacional de Transplantes (ONT) da Espanha, considerada a melhor estrutura dessa área no mundo. Com isso, Santa Catarina também é o primeiro estado brasileiro a contar com instrutores com essa habilitação, a qual contribuiu para aprimorar a qualidade do atendimento e da comunicação dos familiares de potenciais doadores. Para o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, os números alcançados por Santa Catarina se devem aos constantes investimentos nas capacitações das equipes, com destaque para os coordenadores hospitalares que realizam a mediação entre a família de potenciais doadores e a estrutura necessária para concretizar o processo. “Isso é resultado do apoio que a SES sempre dedicou à formação e qualificação de todos os profissionais envolvidos e comprometidos com essa importante unidade que dá esperança e ajuda a salvar vidas”, destaca o secretário. Já o coordenador da SC Transplantes, doutor Joel de Andrade, explica que a mudança no modelo de gestão, os cursos de comunicação capacitando profissionais para saber como transmitir más notícias, e a melhor qualificação das pessoas responsáveis pelas entrevistas com os familiares contribuíram para o atual índice de doações. Segundo Andrade, Santa Catarina realizou 456 transplantes durante o semestre, incluindo córneas, rins, pâncreas, fígados, ossos, esclera e medula óssea. “O Hospital Celso Ramos participou desse processo com 17 doações, ficando em primeiro lugar no estado e entre os cinco melhores do país”, observa Andrade. No mesmo período, Santa Catarina registrou a notificação de 185 mortes encefálicas, resultando em 80 doações. Conforme Andrade, isso representa 45% de efetivação, enquanto que no Brasil o índice não passa de 25%. Outro fator relevante está relacionado à qualidade das entrevistas com familiares de doadores potenciais, responsáveis por 66,4% das autorizações para a retirada de órgãos. “A taxa de doação de uma região é um índice que reflete a qualidade do atendimento hospitalar. E nosso estado possui um excelente trabalho nessa área, evidenciando os números expressivos de doações alcançados. Somos os melhores na identificação, manutenção e na autorização das famílias de potenciais doadores”, conclui Joel de Andrade. (Fonte: Secretaria de Estado de Saúde/SC)
1 de setembro de 2011