Apesar do reiterado compromisso manifestado por dirigentes do governo estadual de concluir e liberar ao tráfego a terceira pista da rodovia SC-405 até meados de dezembro, o ritmo em que as obras vêm se desenrolando divide opiniões acerca da viabilidade de cumprimento desta meta. Mesmo entre aqueles que transitam regularmente pela rodovia, a visão é contraditória. “Eu acho que as obras estão indo bem, estão aparecendo, mas tenho uma colega que acha que estão muito lentas”, comentou a administradora Adriana Ferreira, que transita pelo local duas vezes por dia. Um dos mais céticos quanto à conclusão é o vereador Aurélio Valente, residente no Ribeirão da Ilha. “Não existe a mínima possibilidade dessa obra ficar pronta até dezembro”, sentencia. “Teremos novamente uma temporada muito complicada, e será ainda pior, porque vamos entrar o verão com a rodovia em obras”, disparou. O vereador vai ainda mais longe e acredita que a obra, mesmo depois de pronta, não vai resolver o problema do tráfego na região. “Será um paliativo, com curto prazo de validade”. O presidente do Departamento Estadual de Infra-Estrutura (Deinfra), Paulo Meller, admite que a obra da terceira pista é complexa, por se tratar da segunda rodovia estadual mais movimentada do estado e envolver a desapropriação de dezenas de imóveis, muitos deles em situação documental complicada. Contudo, garante que o governo mantém o compromisso de conclusão antes da temporada. “Podem ficar faltando alguns detalhes finais, mas vamos deixar a rodovia viável ao tráfego até meados de dezembro”, assinalou. Meller ressalta que etapas importantes para o deslanche da obras foram equacionadas, como a remoção dos postes da Celesc. Sobre as desapropriações, informou ele, restariam apenas uma ou duas pendentes de resolução. “Já é viável o alargamento da pista, a ponte sobre o Rio Tavares também será alargada”, comentou. Em termos financeiros, de acordo com o dirigente, não existe riscos, já que três quartos do custo total da obra envolveriam as desapropriações, praticamente todas já desembolsadas. O secretário de Infra-Estrutura, Valdir Cobalchini, esclarece, por outro lado, que a terceira pista abrange um trecho de aproximadamente 2,6 quilômetros, se encerrando no alargamento da ponte sobre o Rio Tavares, a cerca de 200 metros do Trevo do Rio Tavares. Não existe, de acordo com ele, qualquer possibilidade de intervenção na área do trevo, através de evento aditivo contratual. “Existe um estudo preliminar para intervir naquela área, mas formalmente ainda não temos nada. Acredito que o passo seguinte, após a conclusão da terceira pista, é estudar uma solução para o local”, ponderou. (Foto: Willi Heisterkamp/Divulgação/JC)
1 de setembro de 2011