1 de setembro de 2011

Coleta seletiva avança e atinge 635 toneladas mensais na capital

Embora a nova legislação nacional acerca do gerenciamento de resíduos sólidos ainda engatinhe, após um ano de sua implantação, seu postulado já começa a fazer efeito nos serviços de coleta de lixo da capital. Não se sabe se por causa do temor de parte da população, que pela nova legislação fica passível até de punição se não efetuar a separação do lixo doméstico, ou se pela efetiva conscientização popular, o fato é que dados da Comcap revelam incremento na coleta de recicláveis no município. No ano passado, segundo a gerente de Resíduos Sólidos da Comcap, Cristina Monteiro, o volume de material reciclável separado no contingente de resíduos totais coletados na capital chegou a 7%, contra um índice histórico na faixa de 5%. Para este ano, de acordo com ela, a expectativa é atingir entre 9% e até 10%. Mensalmente, de acordo com dados da companhia, são coletados na capital cerca de 635 toneladas de material reciclável e 8,7 mil toneladas de lixo convencional. Embora possa parecer modesto, este desempenho é considerado bastante significativo, garante Cristina, colocando a capital entre as quatro primeiras em termos de gerenciamento de resíduos em nível nacional. A meta da nova política nacional é incrementar o volume de material reciclável para 20% do total coletado até 2015. Após regulamentada, a nova lei prevê inclusive punição para quem não separa o lixo. “Nas áreas contempladas com serviço de coleta seletiva, será obrigatório separar”. O Campeche, salienta a dirigente, é um dos bairros mais participativos no processo de coleta seletiva. Até abril, vinha mantendo a primeira posição em volume de material reciclável coletado, em termos proporcionais, mas declinou e atualmente está na quarta posição no ranking municipal. “Acreditamos que isso deve-se mais a uma mudança operacional do serviço, implementada recentemente, envolvendo horários, que ainda não foi inteiramente assimilada pela comunidade”. O aumento na cotação de alguns materiais recicláveis, avalia ela, também pode ter contribuído para isso, porque estimula a ação dos coletores autônomos, interferindo na contabilização dos volumes coletados pela companhia. (Foto: Willi Heisterkamp/Divulgação/JC)