O presidente da associação dos moradores do Campeche, Ataíde Silva, garante que os moradores da região são os maiores interessados na aprovação de um novo plano diretor, desde que em bases consideradas sustentáveis pela maioria da comunidade, para por fim à insegurança urbana que ronda as famílias locais. “Queremos que fique claro onde se pode construir habitações multifamiliares, e não sermos surpreendidos com a liberação de prédios do dia para a noite em áreas de predominância residencial”, ponderou. O risco do esgotamento do lençol freático é outra questão que preocupa a comunidade, com o avanço predial. Silva defende a decretação de moratória para novas edificações na região até a aprovação do novo plano diretor ou pelo menos de uma semi-moratória, impedindo mudanças de zoneamento para licenciamento de novos prédios, até a conclusão do projeto. O delegado distrital do Pântano do Sul, Gert Schinke, faz coro e aponta a semi-moratória como a melhor solução neste momento, até para evidenciar o compromisso do governo municipal com a elaboração do novo plano diretor. O coordenador dos debates do plano, Rodolfo Pinto da Luz, disse que seria, a princípio, favorável ao impedimento da aprovação de mudanças de zoneamento, na Câmara de Vereadores, até a aprovação do novo plano diretor. “Pelo que sei essas mudanças de zoneamento já estão inclusive sustadas, exceto aquelas de interesse público”, comentou. (Foto: Willi Heisterkamp/Divulgação/JC) (*) O responsável técnico pela obra que aparece na foto, ao alto, informa que as condições da água estagnada estão sendo monitoradas e não representam risco à saúde da população.