Primeiro é preciso deixar claro que não se trata de uma biografia propriamente dita, como imagina-se. Como o próprio título nacional sugere, trata-se de uma história de emoções, como as canções que Edith Piaf imortalizou. Piaf teve uma vida tão intensa e com tantos percalços (abandono da mãe, infância num bordel, cegueira temporária, porres enormes, o vício em morfina, misturado com todo seu sucesso) que imaginava-se ser impossível ser passada para as telas do cinema. E aí entra o ponto mais alto do filme. Marion Cottilard tem uma atuação inigualável. Ela é a própria Piaf. A atriz deixa qualquer um com a emoção aflorada. Ganhadora do Globo de Ouro de atriz em comédia ou musical seria uma agradável surpresa na noite do Oscar.
27 de fevereiro de 2008