27 de fevereiro de 2008

As Doenças na Terceira Idade

O contato com a medicina fica mais freqüente na terceira idade. Não é raro começarmos a nos preocupar com a saúde após os 40 anos e então passarmos a ter os primeiros contatos com o médico. Uma situação, por exemplo, que freqüentemente nos leva ao médico pela primeira vez, é a pressão alta (hipertensão), relacionada sempre a uma série de circunstâncias muito diferentes e que necessita, por sua vez, de cuidados que vão alterar o nosso dia-a-dia. Na terceira idade há uma tendência ao acúmulo de doenças crônicas, na sua grande maioria benignas e fáceis de serem controladas. A artrose, por exemplo, é doença que acomete com muita freqüência o idoso, e que pode se somar a outras manifestações como a pressão alta ou o diabetes. O médico deve administrar a situação de doença com a participação do idoso, bem como a de seus familiares, fornecendo o máximo de informações possíveis. Ao médico, cabe distinguir os sintomas próprios da idade daqueles devido à doença. Quando houver mais de um médico cuidando do paciente deve-se destacar um deles, em geral o clínico geral, para atuar como o coordenador e desta maneira propiciar uma abordagem ampla e uniforme. É muito importante que se veja a pessoa como um todo, tendo especial cuidado com as características de sua personalidade e os aspectos próprios ao seu meio. Existem alguns critérios médicos que mostram diferenças entre pessoas jovens e idosas, ambas sadias. Entre estes se destacam as provas da função pulmonar, da função renal e o teste ergométrico, que avalia a função cardíaca. Algumas vezes pode ocorrer confusão nessa avaliação, sendo difícil distinguir uma alteração devido a uma doença de uma alteração própria da idade. Um importante conceito é que diante de situações de tensão ou de esforço físico, o idoso apresenta maiores probabilidades de desenvolver problemas de saúde. Uma mesma doença pode se apresentar de maneira diferente na terceira idade quando comparada a que ocorre em um jovem. Isto não quer dizer que é mais grave no idoso, e sim que pode ser simplesmente diferente. Como exemplo disto, o hipertireoidismo no jovem apresenta um quadro muito mais rico do que aquele que o idoso apresenta, e que até pode passar desapercebido. Outro exemplo marcante é o diabetes, que na terceira idade é menos intenso e de mais fácil controle do que o do jovem. Dr. João Roberto D. Azevedo www.boasaúde.com.br