M. Night Shyamalan certa vez fez um filme tão bom (O Sexto Sentido), que tudo o que veio depois criou polêmica. Vejam só: Corpo Fechado, Sinais e A Vila, tem admiradores fervorosos e detratores furiosos. Qualidades e defeitos à parte, é certo que nenhum chegou perto do filme do garoto que “via gente morta”. Com a Dama na Água, a história se repete; ou adoram ou detestam. A Dama do título é uma espécie de ninfa que vive no fundo de uma piscina e que está correndo perigo. Um zelador (Paul Giamatti) descobre o passado deste ser e passa a tentar protegê-la. Quase um conto de fadas adulto, decepcionará aos fãs que esperam um suspense com toques de terror e final milaborante. Desta vez, Shyamalan prende-se muito mais à condução da história e ao encantamento do personagem principal junto ao público do que ao desfecho da trama. Enfim, o filme fica no meio termo, tem uma boa interpretação de Giamatti, uma bela fotografia e até uma direção segura. Mas derrapa no roteiro cheio de furos, que não explica várias coisas, uma maquiagem decepcionante entre outros pequenos defeitos. Interessante, mas Shyamalan continua devendo.(Críticas de Dílson Frantz)
23 de janeiro de 2007