A celulite, como é conhecida, é um fantasma que assombra a maioria das mulheres. Quem não deseja ter o corpo em forma e livre dos furinhos indesejados? Lipodistrofia Ginóide, Fibro-edema gelóide, são alguns dos nomes dados a esse problema tão conhecido e temido pelas mulheres. Mas o que vem a ser realmente a celulite e qual a melhor maneira de combate-la? Primeiramente, para saber prevenir e combater a celulite é necessário saber a sua causa. A celulite sempre foi associada a problemas de excesso de peso, obesidade e gordura localizada, porém apesar de normalmente aparecer em conjunto com esses problemas, a celulite é basicamente um problema relacionado à má circulação sanguínea. Os principais fatores desencadeantes e predisponentes são: genética, retenção hídrica, disfunção hormonal e sedentarismo. A formação da celulite ocorre quando a circulação sanguínea e linfática fica prejudicada devido a esses fatores. Os capilares sanguíneos são vasos responsáveis por transportar e “recolher” nutrientes e dejetos das células do corpo. Quando existe uma disfunção circulatória, esses capilares não conseguem absorver todos esses dejetos de uma só vez e eles vão se acumulando no espaço intersticial (espaço existente entre uma célula e outra). Com a recorrência desse fato e o passar do tempo, esse excesso entre as células (com todas as substâncias excretadas por elas, inclusive toxinas) vão empurrando e comprimindo as células formando “buracos” e depressões, além de prejudicar as trocas celulares posteriores fazendo com que as células adiposas inchem, dando origem assim à celulite. A celulite pode ser dura, flácida ou edematosa e pode ser classificada quanto à intensidade em graus. O grau 1 grau caracteriza-se por celulite branda, visível somente com contração muscular ou quando se aperta a pele, pode ser considerado o estágio inicial da celulite e é o mais fácil e rápido de ser tratado. No grau 2, a celulite já é visível sem necessidade de contração muscular. No grau 3, os nódulos podem ficar maiores e um pouco mais profundos e podem começar a surgir microvarizes e pode haver sensibilidade local. Já no quarto grau, a celulite se acentua e torna-se mais visível, apresentando grandes nódulos, fibrose e comprometimento de vasos sanguíneos e terminações nervosas, o que pode causar dor e desconforto. Normalmente, no grau 4, a circulação local pode estar tão comprometida que poderá causar dores nas pernas, sensação de peso e inchaço local. Celulite tem cura? Acreditava-se que a celulite era um caminho sem volta e muitas pessoas deixavam de buscar tratamentos por achar que não surtiria efeito. Mas atualmente existem vários tratamentos disponíveis para prevenir e eliminar esse problema. Para combater e prevenir a celulite o ideal é desintoxicar o organismo e melhorar a circulação. Isso pode ser feito com prática de atividade física, alimentação balanceada e principalmente ingestão hídrica equilibrada. Dependendo do grau, essa combinação já apresentará alguns resultados. Para auxiliar e acelerar esse processo existem alguns tratamentos muito eficazes como: drenagem linfática, endermoterapia, ultra-som, argiloterapia, carboxiterapia, mesoterapia, acupuntura entre muitos outros disponíveis que podem ser feitos isolados ou associados. O ideal é avaliar cada caso e adequar um tratamento personalizado. Para uso domiciliar existem massageadores que ajudam a ativar a circulação local e uma ampla diversidade de cosméticos que auxiliam no tratamento. Os mais utilizados são à base de centella asiática, castanha da índia e extrato de era, mas também existem diversas outras opções. Na dúvida na hora de escolher o ideal para o seu caso, procure orientação de um profissional. (Gabriella Pedrotti, Esteticista e Micropigmentadora)
28 de novembro de 2006