Seguindo a onda de remakes, homenagens ou falta de criatividade, chega às locadoras Poseidon, refilmagem de “O destino do Poseidon”, de 1972, com praticamente a mesma história, deste e de vários outros filmes-catástrofes. Na verdade, posso contar toda a história que não estarei surpreendendo ninguém. Poseidon possui exatamente a mesma estrutura que tanto sucesso fez junto ao público este gênero de filme nos anos 70. Primeiro, os personagens são rapidamente apresentados ao público, tentando criar alguma empatia com os espectadores. Logo chega o acidente, no caso uma onda gigante que deixa o navio com o casco para cima. Então começa o filme propriamente dito. Os passageiros precisam passar por inúmeras dificuldades até salvarem-se ou não. Numa comparação atual, Poseidon é parecido com aqueles joguinhos de videogame de fases, onde as dificuldades vão ficando cada vez maiores e mais divertidas. E é esse o objetivo do filme, divertir apenas. Quem procura esse tipo de filme pensando em algo mais profundo está pedindo para ter uma grande decepção. Na parte técnica, vem a maior virtude da obra. Os efeitos são corretos e a direção de arte consegue criar um clima quase claustrofóbico dentro do navio. Mas o grande trunfo está na duração do filme, apenas 90 minutos, o que impede o público de ficar cansado e torna a trama mais dinâmica. Se você é fã do gênero, não perca. Se não é o seu tipo, mesmo assim, dá pra se divertir. (Críticas de Dílson Frantz)
18 de outubro de 2006