5 de maio de 2006

Marcas da Violência

Impressionante. Esse foi meu primeiro pensamento ao término do filme. Mas o que me levou a ficar tão impressionado pelo filme? Primeiro, pela simplicidade com que o roteiro nos apresenta um tema tão complexo e depois pelo espaço que o diretor nos dá para que tiremos nossas próprias impressões e conclusões. Tom Stall é um pacato morador de uma cidadezinha do interior, marido e pai atencioso, dono de uma pequena lanchonete. Sua vida muda completamente quando reage a um assalto e mata dois ladrões. Imediatamente torna-se herói nacional, o que atrai um gângster que chega a cidade chamando-o por outro nome. Apesar de negar, o gangster não desiste e passa a ameaçar Tom e sua família. A partir daí, tudo na família de Stall muda, desde o comportamento de seus filhos até a confiança de sua esposa. Afinal, quem é mesmo Tom Stall? Apesar do até certo ponto simplismo do roteiro, em nenhum momento há manipulação do espectador, o filme apenas vai mostrando os fatos, e suas conseqüências. Um homem pacato pode ou não ter uma atitude como a de Tom Stall? Se não, se tudo não passa da volta de um passado sombrio, como que seu filho tem uma atitude como que tem no filme? E sua esposa? Duas cenas de sexo mostram como a vida deste casal muda sob a ameaça de que uma pessoa não seja quem realmente todos pensam que é. E se Tom Stall realmente for um assassino que resolveu mudar de vida? Será que não merece perdão? Assista e tire suas próprias conclusões, até porque é você mesmo quem terá que descobrir o que acontece com essa família.