Esse filme era o grande favorito para ganhar o Oscar deste ano (não era o meu, que preferi o poético Em Busca da Terra do Nunca), mas não levou e Scorsese mais uma vez ficou na fila. Mas o filme era o que tinha mais formato de que iria levar o prêmio: grandioso, épico, baseado em história real, produção de época, etc, etc. Na verdade, o filme é bom, envolvente, nem parece ter a duração que tem, Scorsese extrai mais uma bela atuação de Leonardo Di Caprio (como já havia feito em Gangues de Nova York). Isso sem falar em algumas belas cenas, como a do acidente de avião. Sim, é um belo filme, mas em se tratando de Scorsese, isso não quer dizer muito. Fosse outro diretor e o filme seria comemorado como uma grande obra. No caso dele, podemos ser muito mais críticos. A maior impressão que fica após assistir o filme, é que o diretor busca de qualquer forma seu Oscar, o que é uma pena, pois assim, deixa de inovar como já fez em vários outros filmes para fazer algo extremamente tradicional, que é exatamente o que O Aviador é. Bom, mas nem tanto assim.
6 de setembro de 2005