Fala sério, alguém ainda acha que Xuxa faz filmes? Infelizmente, algumas vezes já temos a certeza de que um filme não presta antes mesmo de vê-los. E o pior é que não é preconceito, mas não dá levar filmes da Xuxa a sério. Assistir a Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida, para quem tem mais de 15 anos, é uma verdadeira tortura. Agora, para as crianças a tarefa é menos árdua, pois o filme usa a velha fórmula que atrai a garotada aos cinemas: aventura, um romance de leve, crianças, fantasia, um animal carismático e um vilão feioso. E, neste caso, o maior trunfo de todos: Xuxa. O filme mostra uma série de histórias paralelas mal explicadas e personagens muito mal construídos. O roteiro é uma colagem de O Senhor dos Anéis com peças de Shakespeare e Os Caçadores da Arca Perdida. Para quem, como eu, se irrita com participações especiais de cantores e apresentadoras de programas femininos em longas infanto-juvenis, a boa notícia é que desta vez isso não acontece. Parece que estão aprendendo. Mas essa decisão está longe de salvar Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida: tantas referências e citações só fazem com que o filme se perca mais ainda.(Críticas de Dílson Frantz)
27 de julho de 2005