Filme dirigido por James Wan que merece merecer ser visto. Isso só prova que os fãs de suspense realmente andam sentindo falta de um bom roteiro como este, que mexe não somente com a inteligência dos realizadores, mas também do espectador. Os “jogos mortais” do título são praticados por um assassino que tem motivações redentoras. Na verdade, não se trata de um assassino. Ele coloca suas vítimas em situações torturantes o bastante para que elas cometam suicídio a fim de escapar delas. Assim ficamos conhecendo duas delas: o cirurgião Gordon e Adam acordam acorrentados em um banheiro caindo aos pedaços. Eles não se conhecem, também não fazem idéia do motivo de estarem ali, mas entram no jogo do sádico assassino. Ele apresenta as regras e os motivos do jogo em uma fita cassete, entregue a cada uma das vítimas, e as razões acabam sempre caindo em uma prerrogativa: algumas pessoas são muito ingratas para continuarem vivas. Logo o dr. Gordon percebe do que se trata aquele teatro: ele teve contato com esse criminoso quando a polícia chegou a seu hospital a fim de investigar o caso quando sua caneta foi encontrada no local de um dos crimes. Acusado de ser o assassino, Gordon teve de revelar a identidade de uma amante como álibi. Por meio de flashbacks, descobrimos o motivo dos dois estarem acorrentados naquele banheiro e, também, a identidade do assassino, perseguido por um detetive atormentado depois de ter perdido seu parceiro, morto por uma das armadilhas do serial killer. Jogos Mortais não apresenta muitos elementos novos em se tratando de filmes de suspense. O que ele traz, não é novo, mas funciona: o jogo com a mente do espectador. Pena que os atores sejam tão fracos. Mas o roteiro segura bem o filme. (Críticas de Dílson Frantz)
22 de junho de 2005