8 de novembro de 2004

Via Sul, novo atraso

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

A notícia de que as obras da Via Expressa Sul só devem ficar concluídas em março do próximo ano cai como uma verdadeira ducha de água fria sobre a cabeça dos moradores e empreendedores do Sul da Ilha, que nutriam grande expectativa de poder usufruir da rodovia já a partir da próxima temporada. Embora atrasos em obras de tamanha complexidade e envergadura possam ser consideradas até naturais, as continuadas promessas de conclusão das obras antes da próxima temporada, feitas em sucessivas oportunidades por dirigentes do governo estadual, provocam uma inevitável sensação de decepção na maioria da população do Sul da Ilha.
Apesar do ritmo acelerado imposto às obras que abrangem o sistema viário da região do Trevo da Seta, que devem ser entregues ainda na segunda quinzena deste mês, a conclusão do trecho de 440 metros que liga a parte pronta da rodovia à região da Seta e, consequentemente, viabiliza o uso por inteiro da rodovia, só deve mesmo acontecer em meados de março de 2005. A informação pouco alvissareira foi revelada pelo gerente de Projetos Especiais do Departamento Estadual de Infra-Estrutura (Deinfra), engenheiro Roberto Scalabrin, que acompanha o dia-a-dia dos trabalhos no canteiro de obras da rodovia. Os motivos para o novo adiamento na data prevista para a conclusão das obras, de acordo com o engenheiro, são de ordem eminentemente técnica e, infelizmente, não têm como ser solucionados sem o decurso do novo prazo ora estipulado.
Embora seja realmente lamentável essa nova prorrogação, é importante ressaltar que essa circunstância, de acordo com o Deinfra, se dá em função de aspectos exclusivamente técnicos e não pela redução do ritmo das obras, falta de recursos ou mesmo por decisão política, que seriam motivos bem mais preocupantes. Contudo, fica mais uma vez protelado o sonho de moradores e empreendedores da região de, finalmente, termos uma temporada de verão sem os dramáticos congestionamentos, que dificultam a vida de quem precisa se deslocar para o trabalho e prejudicam sobremaneira o turismo e os negócios no Sul da Ilha.