24 de agosto de 2004

A campanha na televisão

Angelo Poletto Mendes/Redação JC

O início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão, na segunda quinzena deste mês, colocou um ponto final no clima de apatia que envolvia a campanha às eleições municipais do dia 3 de outubro. Embora disputada por nada menos do que nove candidaturas majoritárias, das mais diferentes vertentes políticas, das quais pelo menos quatro com chances reais de chegar ao inevitável segundo turno, em novembro, a campanha para o pleito municipal vinha transcorrendo em ritmo brando até à primeira quinzena de agosto, sem conseguir empolgar os eleitores e mesmo a própria militância dos partidos.
Com o ingresso compulsório das campanhas nos lares dos florianopolitanos, durante o período de 45 dias, entramos na fase decisiva da campanha, provocando um natural aquecimento no clima eleitoral. Será a partir de agora que os eleitores poderão captar de forma mais clara as propostas dos candidatos e se municiar dos elementos necessários para definir seu voto. Em razão das composições partidárias que apóiam as diferentes candidaturas, algumas serão privilegiadas em termos do tempo disponível na mídia eletrônica, embora isso por si só não seja garantia de vantagem na cooptação de votos.
Historicamente rejeitada pela maioria da população, que prefere muitas vezes ignorá-la, a propaganda eleitoral gratuita merece ser melhor aproveitada, porque é essencialmente a partir dela que pode ser avaliada a real consistência das candidaturas. Nesta eleição, reveste-se de uma importância ainda maior, porque está em jogo a composição da futura Câmara Municipal de Vereadores, agora reduzida de 21 para 16 vagas, mas disputada por quase duas centenas de candidatos. A propaganda gratuita é, sem dúvida, subsídio importante para o exercício do voto responsável.