NOVO abalo à Lagoa do Peri na temporada põe em xeque futuro da água no Sul
a Integrado da Grande Florianópolis. Com o geométrico crescimento regional, infiltração de esgotos domésticos e impermeabilização do solo - que dificulta recompor o lençol freático - não é difícil perceber o risco que representa a fragilização da lagoa. Mesmo o Sistema da Grande Florianópolis plenamente interligado tende a ter pouca margem para atender à região, sobrecarregado pelo crescimento de municípios vizinhos e outras regiões da capital.
A contaminação da Lagoa do Peri provocou a recente instauração de grupo de trabalho sobre saneamento pela Comissão de Meio-Ambiente da Assembleia Legislativa. Integrado por representantes da UFSC, Casan, Floram, IMA e comunidade, os primeiros encaminhamentos do grupo foram: pedido de fiscalização de fossas e sumidouros em locais próximos à lagoa; apoio para que a Casan inicie pagamento de compensação ambiental pelo uso da água, que viabilizará ações de manejo da unidade de conservação; e realização de diagnóstico, com obtenção de informações junto à companhia.
‘A Lagoa do Peri tem saído de um problema para o outro. Teve a seca extrema em 2020, depois o avermelhamento em 2023, o impacto da colocação das placas da Casan (barreiras físicas na barragem de captação) no ano passado e agora a contaminação; está sofrendo com os extremos climáticos e com os extremos do uso dela”, afirmou Carolina Peccini, diretora ambiental da Associação de Moradores da Lagoa do Peri, durante o primeiro encontro do novo grupo de trabalho. ‘Além da situação da Lagoa do Peri, que é grave, existem questões ambientais em outros lagos e lagoas do estado, além de praias; nosso mandato e a comissão já têm atuado em vários desses locais, mas um grupo de trabalho expandido como esse pode acelerar e ampliar avanços’, afirmou o deputado estadual Marquito, presidente da Comissão de Meio-Ambiente da casa. (Foto: PMF/Divulgação/JC)